Porque um site mobile dedicado pode ser melhor do que um site mobile responsivo

Mais do que nunca, as pessoas estão acessando a internet através de dispositivos móveis, fazendo com que eles se transformem, rapidamente, na principal maneira de chegar até os conteúdos disponíveis na WWW. Segundo o estudo The new multi-screen world study (cuja tradução você pode ver no post Estudo do Google sobre o novo universo de multidispositivos de mídia: compreendendo o comportamento de consumo através de plataformas convergentes), realizado pelo Google em agosto de 2012, de todas as interações com mídias, 38% ocorrem em um smartphone. O uso é motivado pela comunicação (54%) e pela diversão/entretenimento (33%). Como há a necessidade de obter informações rapidamente e imediatamente, os smartphones mantém as pessoas conectadas durante todo o tempo.

Considero meu smartphone como o meu dispositivo pessoal, que posso levar para qualquer lugar. Está sempre perto de mim, sempre disponível para quando eu preciso dele rapidamente (depoimento dado por um participante da pesquisa “The new multi-screen world study”).

Outro dia escrevi o post A web móvel assume o controle, com base no infográfico The takeover of the mobile web e no relatório The Cisco Visual Networking Index (VNI) global mobile data traffic forecast update. Tanto o infográfico quanto o relatório mostram a previsão de que, em breve, o uso da internet através de dispositivos móveis irá ultrapassar o uso através de computadores desktop. Entre os números que são usados para embasar essa previsão, destacam-se:

  • Em 2010, o Google se tornou a primeira empresa mobile-first, ou seja, tudo que eles desenvolvem é testado primeiro em dispositivos móveis.
  • O tráfego de dados mobile cresceu 70% em 2012.
  • A média de uso de smartphones cresceu 81% em 2012.
  • Apesar dos smartphones serem apenas 18% dos dispositivos de mão utilizados em 2012, eles representaram 92% do tráfego (gerando um volume 50 vezes maior do que um aparelho de telefone celular típico).
  • Em 2012, o número de vendas de smartphones e tablets superou o número de vendas de PCs.
  • Estima-se que, em 2015, as vendas de desktops represente apenas 18% das vendas de dispositivos computadorizados.
  • Em função do aumento do uso de smartphones, os dispositivos de mão irão ultrapassar 50% do tráfego mobile em 2013.
  • Em 2017, o volume de tráfego a partir de smartphones será 19 vezes maior do que hoje em dia.
  • No final de 2013, o número de dispositivos mobile conectados irá superar o número de pessoas na Terra. Em 2017, estima-se algo em torno de 1,4 dispositivos móveis por pessoa. Serão mais de 10 bilhões de dispositivos móveis conectados em 2017, em relação a 7,6 bilhões de pessoas.

Voltando a falar do estudo The new multi-screen world study do Google, cuja tradução você pode ver no post Estudo do Google sobre o novo universo de multidispositivos de mídia: compreendendo o comportamento de consumo através de plataformas convergentes, verificou-se que os smartphones são os dispositivos mais utilizados para começar uma atividade durante o uso sequencial (quando o usuário alterna o uso de um dispositivo para outro, em momentos diferentes, para completar uma tarefa) e a navegação na internet é a principal atividade relacionadas ao uso sequencial. Também identificou-se que os smartphones são os dispositivos mais frequentes durante o uso simultâneo (quando o usuário utiliza mais de um dispositivo ao mesmo tempo, tanto para atividades relacionadas quanto para atividades não relacionadas), principalmente, ao considerar-se o caso de comportamentos complementares (ou seja, atividades relacionadas), e a navegação na internet é a segunda atividade associada ao uso simultâneo que é mais realizada pelas pessoas, ficando apenas atrás do envio de mensagens de e-mail. O estudo do Google concluiu que os smartphones são a espinha dorsal do nosso uso diário de mídia. Esses aparelhos são os dispositivos mais utilizados durante o dia e servem como o ponto de partida mais comum para a realização de atividades entre múltiplos dispositivos.

Além do estudo do Google, também há o relatório Global internet phenomena report, da Sandvine, que mostra que a navegação na web é responsável pelo segundo maior volume de tráfego em dispositivos móveis na América Latina, ficando atrás apenas do streaming de vídeo e áudio.

Recentemente, a ProXXIma apresentou o resultado de uma pesquisa da Opera Software, realizada em maio de 2013 com mais de 5 mil usuários, sobre as principais tendências em navegação e uso da internet mobile no Brasil. O número de brasileiros que acessa a internet através de dispositivos móveis ultrapassou o número que acessa através do computador. Aproximadamente 92% dos respondentes usaram devices mobile para navegar na internet e apenas 14% fizeram isso por meio do seu desktop, em casa. Além disso, 84% dos respondentes que acessam a internet móvel 7 dias por semana pretende migrar para smartphones (32% deles durante os próximos 6 meses).

Se levarmos em consideração que a navegação na internet está entre as atividades mais realizadas nos dispositivos móveis, é possível complementar as conclusões do Google, da Sandvine e da Opera Software através da seguinte afirmativa: parece que possuir um site mobile se tornou fundamental para qualquer empresa! Portanto, se um empresário pretende que as pessoas comprem seus produtos, utilizem seus serviços, localizem ou façam contato com ele, um site otimizado para dispositivos móveis é, indiscutivelmente, uma grande opção para atingir esse público. E se ele já tem um site que é acessado através de computadores desktop, considerar uma versão mobile desse site deveria estar no topo das suas prioridades.

Os sites construídos para dispositivos móveis estão crescendo em número durante todo o tempo. A reportagem Globo.com é a terceira maior audiência da internet móvel brasileira, por exemplo, relata que a Globo.com perde apenas para o Google e para o Facebook. Entre janeiro e abril deste ano, 27 milhões de pessoas acessaram os sites da Globo.com através de smartphones, o que representa um terço das pessoas com acesso à internet no Brasil. Nesse período, a Globo.com acumulou 1 bilhão de page-views, 250 milhões de visitas e 30 milhões de visitantes únicos através do mobile. A média mensal mobile do portal é de 245 milhões de page-views, 61 milhões de visitas e 10 milhões de visitantes únicos. A empresa preferiu desenvolver sites mobile dedicados ao invés de aplicativos nativos, para ter compatibilidade com qualquer celular. Foram desenhadas 4 versões de cada site.

Da mesma forma que a Globo.com adotou uma determinada estratégia para oferecer seus produtos em plataformas móveis, cada empresa terá que tomar uma decisão com base nas suas necessidades. No post Site mobile responsivo ou site mobile dedicado: qual escolher?, expliquei que a resposta para a pergunta “o que você pretende realizar com o seu site mobile?” pode ajudar na escolha de qual caminho deve ser seguido: site responsivo ou site dedicado. Cada abordagem possui prós e contras. Ambas podem funcionar para a maioria dos projetos de sites mobile.

Certamente, o design responsivo é bom para certos tipos de sites que possuem interações de uso limitadas, como blogs ou sites de notícias. Nesses casos, a abordagem responsiva é uma solução prática. Mas no caso dos sites que foram projetados para aproveitar as vantagens que os dispositivos móveis podem oferecer, será que eles poderiam fazer as mesmas coisas (de maneira tão efetiva) através do design responsivo, se comparados com as soluções de desenvolvimento dos sites dedicados?

O design responsivo ganhou uma grande relevância desde a sua apresentação no artigo Responsive web design no site A List Apart. Os defensores dos sites responsivos alegam que apesar dele ser mais difícil de construir, é uma opção mais vantajosa à longo prazo. Mas essa vantagem parece não se comprovar na prática:

Usamos responsivo em áreas institucionais (conteúdos frios), que não demandam processamento ou funcionalidades especificas dos devices. Mesmo assim, o trabalho de ajustar é grande, pois a variedade de dispositivos é enorme. Não existe o conceito de fiz para o site e pronto. Tudo que envolve processamento “leve” necessita do código nativo, principalmente no caso do Android (depoimento de um programador com experiência no desenvolvimento de sites responsivos e dedicados).

Pode ser menos trabalhoso manter 2 versões. Por isso, prefiro ter uma versão desktop e outra versão mobile para tablets e smartphones (depoimento de um programador com experiência no desenvolvimento de sites responsivos e dedicados).

Outro dia li o artigo Responsive web design is not the future, no site Six Revisions, cujo autor defende a ideia de que a popularidade do design responsivo pode ser comparável com os sites em Flash do início da década de 2000, quando eram considerados como uma tecnologia web inovadora – mas, hoje em dia, com as capacidades oferecidas pelo HTML5 e os padrões de CSS3, o Flash está nas vias de ser extinto (a própria Adobe, dona da tecnologia Flash, decidiu descontinuar o seu desenvolvimento para as plataformas mobile). O artigo Responsive web design is not the future deixa claro que essa comparação não pode ser considerada tão direta, pois o Flash é uma tecnologia, enquanto o design responsivo é uma abordagem independente para o projeto de dispositivos. Mesmo assim, seu autor (Josh Chan) afirma que uma comparação desse tipo pode ajudar a abrir a mente de arquitetos de informação, designers de interfaces e programadores, evitando que outras alternativas ou técnicas sejam descartadas prematuramente. Ele escreve: “se você acompanhou o debate ‘Flash vs. HTML’ ao longo da última década, vai entender sobre o que estou falando”.

O artigo Responsive web design is not the future também mostra que um dos perigos de aclamar o design responsivo como a solução do futuro é o fato de que as inovações que vão além dele podem estar sendo negligenciadas. O texto cita o caso do banco JP Morgan, por exemplo, que ao invés de simplesmente formatar seu site desktop para os clientes mobile, inovou ao criar um app que utiliza características específicas dos dispositivos móveis para melhorar a experiência dos seus serviços bancários. Seu aplicativo possui uma funcionalidade chamada “depósito rápido”, que utiliza a câmera dos smartphones para fotografar os cheques de depósito (e mais de US$ 4 bilhões já foram depositados através desse recurso). O Google é outro exemplo citado no artigo. Apesar de todas as suas recomendações sobre sites responsivos, a empresa continua a investir de forma pesada em tecnologias e conteúdos não-responsivos. Um dos exemplos dessa estratégia é o Google Now, que ganhou o prêmio Popular science’s innovation of the year. O Google poderia ter projetado o seu conteúdo de forma responsiva e abster-se da inovação. Mas eles não fizeram isso, o que é mehor para a empresa.

Tomando carona nesse assunto, vale comentar que em um benchmark com 60 sites (sobre canais de televisão, tecnologia, inovação, marketing, mídia, cybercultura, produtos digitais, humor, portais, jornais, redes sociais, etc.), por exemplo, é possível notar que 8 desses sites (BuzzFeedCracked.comCW TVDiscoveryE!Folha de São PauloMashable e TNT) oferecem a opção do usuário instalar um aplicativo para iPad ao invés de usar o site mobile nesse tipo de dispositivo, enquanto 5 desses sites (Cracked.comCW TVFacebookFolha de São Paulo e My Space) oferecem a opção do usuário instalar um aplicativo para iPhone ao invés de usar o site mobile nesse tipo de dispositivo.

No entanto, curiosamente, algumas empresas que possuem aplicativos consagrados não os oferecem como opção, ao invés do usuário ter que navegar através da versão mobile dos seus sites (e, talvez, não ofereçam pelo fato dessas empresas possuírem aplicativos que são famosos e não necessitam de divulgação). O Facebook, por exemplo, não oferece a instalação do seu aplicativo para os usuários que navegam na versão mobile do seu site em iPads, enquanto o GoogleLinkedInTwitter e YouTube não oferecem a instalação dos seus aplicativos para os usuários que navegam na versão mobile dos seus sites tanto em iPhones quanto em iPads. Independente de qual é o motivo, provavelmente, essas empresas possuem alguma razão para fazer isso. Creio que faça parte das suas estratégia mobile.

Voltando a falar do artigo Responsive web design is not the future, seu autor, Josh Chan, termina o texto afirmando que ele não é contra o design responsivo e diz acreditar que essa abordagem já possui um lugar estabelecido na web. Mas apesar do design responsivo ser uma tendência hoje em dia, Josh diz que não é possível garantir que é um caminho para o futuro. Com o rápido crescimento da web e as melhorias que ainda serão realizadas na tecnologia das telas, pode ser uma insensatez rotular o design responsivo como a melhor solução.

O estudo The new multi-screen world study (cuja tradução você pode ver no post Estudo do Google sobre o novo universo de multidispositivos de mídia: compreendendo o comportamento de consumo através de plataformas convergentes), realizado pelo Google em agosto de 2012, mostrou que os consumidores utilizam seus dispositivos em vários contextos distintos. O pessoal do Google também percebeu que as pessoas realizam tarefas entre dispositivos diferentes. Como conclusão, o Google apontou que as decisões de marketing devem refletir as necessidades dos consumidores em um dispositivo específico e os objetivos de conversão devem ser ajustados considerando-se as diferenças inerentes de cada dispositivo. Para o Google, as empresas deveriam construir experiências específicas em cada canal, otimizando essa experiência entre todos os diferentes dispositivos, permitindo que os consumidores encontrem rapidamente o que procuram, através de um caminho simplificado para a conversão. Ao acessar o site de uma companhia aérea em uma tela pequena de um smartphone, por exemplo, o usuário quer objetividade e rapidez. Se ele está a caminho do aeroporto, tentando consultar o portão de embarque do seu vôo, ter que navegar por várias informações até achar os horários e portões dos vôos é a última coisa que ele deseja.

Se juntarmos a recomendação do Google (construção de experiências específicas em cada canal e otimização dessas experiências entre todos os diferentes dispositivos) com os resultados do relatório The Cisco Visual Networking Index (VNI) global mobile data traffic forecast update, que mostrou que o uso de aparelhos de telefone celular (que não são smartphones) aumentou 35% em 2012 e concluiu que os aparelhos básicos ainda são a grande maioria dos dispositivos de mão conectados (representando 82% do total), talvez seja possível afirmar o seguinte: quando é necessário criar uma interface para os usuários de smartphones, o design responsivo parece ser uma segunda opção.

Portanto, minha recomendação é a seguinte: no caso de sites para smartphones, vale mais a pena criar uma versão dedicada (e, talvez, oferecer uma versão responsiva no lugar de uma “cópia” de uma interface tradicional para desktop, caso o usuário opte navegar pela versão clássica do site).

É importante deixar claro que a minha recomendação é apenas uma opinião pessoal. Outro dia, por exemplo, eu estava trocando algumas ideias sobre o assunto (sites responsivos vs. sites dedicados) com um grande programador e ele me mostrou um outro caminho.

Implementar uma versão apenas que vai do desktop ao smartphone não é para qualquer um. Se não for feito direito, quem sofre é o usuário mobile. Eu faria 2 versões: um versão mobile responsiva para todos os devices tablet e smartphone e outra versão desktop. Acho que sai mais barato e bem feito. Quando eu falo versão mobile responsiva, quero dizer uma versão que tenha layout responsivo para tablets e smartphones, grandes e pequenos. Tudo que é mobile compartilha o mesmo código. O layout do tablet vai ser diferente do layout do smartphone, mas você resolve isso com um código responsivo. A versão desktop seria uma versão separada. O desktop tem a sua lista de browsers a serem suportados. O mobile tem uma lista completamente diferente. Resolver todas as compatibilidades num código só e ainda resolver problemas de layout e deixar tudo enxuto para o usuário mobile é complexo. Estou trabalhando num protótipo de web app para iPhone. A quantidade de probleminhas que tenho que resolver só para rodar direito no iPhone é grande. Não consigo imaginar resolver esses e outros problemas para o iPad, todos os Androids, Windows phones/tablets e ainda ter que me virar com os browsers desktop num só código (depoimento de um programador com experiência no desenvolvimento de sites responsivos e dedicados).

Apesar da opinião desse desenvolvedor (que eu respeito muito, por sinal), eu mantenho a minha recomendação: no caso de sites para smartphones, vale mais a pena criar uma versão dedicada. Não quero parecer teimoso! A razão de manter a minha opinião se deve ao fato de que o uso de tablets parece ser realizado, prioritariamente, em domicílios e, provavelmente, através de uma conexão Wi-Fi. Para fazer tal afirmação, tomei como base o estudo do Google The new multi-screen world study (cuja tradução você pode ver no post Estudo do Google sobre o novo universo de multidispositivos de mídia: compreendendo o comportamento de consumo através de plataformas convergentes), que relata que de todas as interações com mídias, 9% ocorrem em um tablet, sendo 21% fora de casa e 79% em casa. Além disso, também tomei como base o relatório Mobile video: inside the massive explosion, and what it means, da Business Insider, que afirma que o uso de tablets atinge um pico durante a noite ou nos finais de semana, no mesmo horário em que as pessoas costumavam se reunir em torno do aparelho de TV.

Logo (e com base nos 2 relatórios), a princípio, o desenvolvimento de uma versão mobile para tablet não seria justificável, pois não haveria a necessidade de otimizar arquivos e/ou conteúdos para esse tipo de dispositivo, além do fato de que a tela de um tablet é capaz de entregar uma experiência bastante parecida com a tela de um desktop. E, aparentemente, parece que os detentores das maiores audiências mobile da internet (Facebook e Globo.com), além de outros players tradicionais da WWW (como UOLIG e O Globo, por exemplo), não estão se preocupando com versões mobile de sites voltadas para tablets (pelo menos, não estão investindo nisso). Através de um benchmark com 60 sites, por exemplo, pude verificar que apenas 11 possuem versão mobile tanto para smartphones quanto para tablets (sendo que 6 desses sites são exatamente iguais nos 2 devices, compartilhando o mesmo código – Blue BusDiscoveryHBOMy SpaceShowtime e Twitter, enquanto 5 utilizam uma versão mobile específica para smartphones e outra versão mobile específica para tablets – GoogleLinkedInTerraYahoo! e YouTube).

Para fazer esse benchmark, foram escolhidos 60 sites que, de alguma forma, servem como referência para o meu trabalho (sites de canais de televisão e sites de tecnologia, inovação, marketing, mídia, cybercultura, produtos digitais, etc.), servem para me manter informado (portais e sites de jornais) ou entretido (redes sociais e sites de humor). Pude perceber que desses 60 sites, 35 são dedicados (praticamente 36, já que a HBO possui uma versão dedicada, além da versão default responsiva do seu site), 12 são responsivos e 13 não são otimizados para mobile. Vale destacar que:

Os resultados do benchmark, assim como os relatórios e artigos que foram citados ao longo desse post, ajudaram a embasar a minha recomendação de que, no caso de sites para smartphones, vale mais a pena criar uma versão dedicada. No entanto, gostaria de reforçar que independente dos números, estatísticas ou fatos que foram apresentados, o rápido carregamento de páginas que os sites dedicados oferecem foram essenciais para uma boa experiência de uso. Além da rapidez, todos esses sites dedicados também foram muito simples e fáceis de usar. E essa experiência de uso construída, otimizada e contextualizada para pequenas telas representa mais um ponto positivo. Portanto, deixando a parte técnica de lado (forma como os sites foram implementados), é preciso dizer que o projeto de UX baseado em sites dedicados foi capaz de proporcionar uma sensação de uso positiva! E essa experiência satisfatória só reforça a minha recomendação.

E um último reforço para a minha recomendação (mesmo assim, não menos importante), é o fato de que é necessário construir sites totalmente customizados para experiências de uso mobile, uma vez que os consumidores utilizam seus dispositivos móveis em contextos distintos do desktop (os usuários de smartphones cumprem tarefas diferentes daquelas realizadas em computadores). Portanto, uma estratégia mobile deve considerar as diferenças de cada dispositivo ao invés de oferecer uma solução que apenas se adapte de uma tela grande para uma tela pequena.